terça-feira, 14 de dezembro de 2010

FAÇA VOCÊ MESMO:Uma luneta

Aprenda a construir de maneira fácil uma luneta astronômica com lentes de óculos, tubos e conexões de PVC

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CONSTRUINDO UMA LUNETA COM LENTE DE ÓCULOS

Apresentação do Projeto Este projeto apresenta uma sugestão como construir uma luneta astronômica utilizando apenas materiais facilmente disponíveis no comércio, de baixo custo e de fácil montagem. No lugar da lente objetiva usa-se uma lente de óculos de um grau positivo e no lugar da lente ocular usa-se um monóculo da fotografia. Os encaixes são feitos com tubos e conexões de PVC. Apesar de se usar materiais rudimentares, os resultados são satisfatórios. As crateras lunares são facilmente observadas, assim como seu relevo, principalmente nas luas crescentes e minguantes. O objetivo deste projeto é mostrar, em detalhes, com pouquíssimos recursos, a construção de uma luneta astronômica. A pessoa que constrói um experimento didático terá:
  1. A satisfação de ter construído algo, um sentimento que só quem construiu sente.
  2. A oportunidade de ver, pelo menos, as crateras lunares, oportunidade essa que poucos professores têm.
  3. Com esta modesta luneta, de fabricação própria, a pessoa permitirá que seus familiares, amigos e vizinhos olhem através dela.
Várias sugestões são dadas no final do projeto. Levantamento de Dados e Realização do Projeto As lentes da luneta e seus encaixes: A luneta é constituída de duas lentes convergentes, que colocadas uma na frente da outra, separadas por uma certa distância, faz com que objetos distantes sejam vistos como próximos. Na frase anterior está toda a teoria da luneta, mas não tem nada que torne simples sua construção. Por isso, abaixo, damos um procedimento que torna simples sua confecção. Procuramos construí-la com os materiais mais comumente disponíveis no comércio, mas isso não impede que se faça alterações em sua montagem, isto depende apenas das disponibilidades e criatividade de cada um. Os materiais críticos para a construção da luneta são as lentes, as quais são difíceis de se encontrar e de preços elevados, por isso vamos usar lente de óculos no lugar da lente objetiva (aquela que fica na frente da luneta e através da qual entra a luz do objeto estudado, a Lua, por exemplo). A lente de óculos é adquirida na ótica (lojas que vendem e montam óculos). Para comprá-la você terá que explicar que a lente será usada na construção de uma luneta astronômica, senão o vendedor irá pedir a "receita" do oftalmologista. Toda a lente tem uma distância focal (f) que é a distância entre a lente e o ponto para o qual converge a luz do Sol, por exemplo, quando você segura a lente sob o Sol (com o lado convexo voltado para o Sol) e projeta sua luz num ponto de luz intensa (geralmente tentando queimar um pedaço de papel). Só que o vendedor não vende a lente pela sua distância focal e sim pelo "grau" da lente. Mas não há problema, pois se você quiser lente de 1 m de distância focal, peça a lente de 1 grau, se quiser lente de 0,5 m de distância focal, peça lente de 2 graus e se quiser lente de 0,25 m de distância focal, peça lente de 4 graus, ou seja, a distância focal (em metros) é o inverso do "grau", o qual tem que ser positivo e a lente incolor. Neste projeto vamos sugerir que você compre uma lente de 1 grau. portanto, a distância focal é de 1 metro. Quanto ao diâmetro da lente, peça o menor que tiver, geralmente é 60 mm ou 65 mm, pois você vai pedir para o vendedor reduzir o diâmetro para 50 mm. Como é lente para luneta, ela deve ser incolor, de 1 grau positivo (pois é para ver longe). Existem também lentes cilíndricas, mas estas, não são apropriadas, peça lentes esféricas. Quando for comprar a lente, leve junto uma luva simples branca de tubo de esgoto (conexão de PVC) de 2" (duas polegadas, que é equivalente a 50 mm), veja o item A da figura 1. Solicite ao vendedor para ele reduzir o diâmetro da lente para 50 mm, para que ela se encaixe dentro da luva. A segunda lente da luneta é chamada de ocular; é aquela que fica atrás da luneta, onde você posiciona seu olho. Esta lente geralmente é pequena, cerca de 10 a 20 mm de diâmetro, porque sua distância focal é pequena (20 a 50 mm). Esta lente que deve ser convergente (biconvexa ou plano convexa), também é difícil de ser encontrada. Para substituí-la vamos usar a lente contida nos monóculos de fotografias; peça de letra J na figura 1. Estes monóculos são vendidos em lojas de materiais fotográficos. Existem em várias cores, mas não importa a cor, porque você vai precisar revestir as paredes internas do monóculo (ou porta-retrato) com papel preto ou cartolina preta. Quanto às dimensões do monóculo, ele é do tipo pequeno, isto é, a lente tem diâmetro de 11 mm, a distância focal é de 40 mm, o comprimento do monóculo é de 40 mm e a abertura dele (local onde fica a tampa com a foto) é um retângulo de 18x24 mm. O monóculo tem uma pequena alça, pela qual costuma-se pendurá-lo num chaveiro, a qual deve ser removida lixando-se esta alça com uma lixa qualquer (serve até lixa de unha), ou numa superfície áspera qualquer. Compre uma bucha de redução curta marrom de 40 x 32 mm (conexão de PVC facilmente encontrada em casas de materiais hidráulicos ou de materiais para construção). Depois de revestidas as paredes internas do monóculo com o papel preto e retirada a sua "alça", é só encaixar o monóculo dentro da bucha de redução curta marrom (peça de letra I I' da figura 1). Introduza a extremidade retangular (onde ficava a tampa dele) do monóculo, dentro da bucha de redução. O monóculo se encaixa perfeitamente dentro dessa bucha. Para preencher os espaços laterais entre o monóculo e a bucha, use durepox ou massa de modelar, ou argila, ou simplesmente papel amassado, para que o monóculo fique preso e não passe luz pelos espaços entre a bucha e o monóculo. Com a lente de óculos no lugar da lente objetiva e a lente do monóculo no lugar da lente ocular, estão improvisadas as partes mais difíceis de serem conseguidas da luneta, agora é só questão de encaixá-las nas extremidades de dois tubos que corram um dentro do outro.

Lista de materiais para a construção da luneta:

LetraQuantidadeDescrição dos materiais
A1luva simples branca de esgoto de 50 mm (ou 2" - duas polegadas)
B1lente esférica incolor de óculos de 1 grau positivo
C1disco de cartolina preta (ou papel preto) de 50 mm de diâmetro, com furo interno de 20 mm de diâmetro
DE70 cmtubo branco de esgoto de 50 mm de diâmetro (ou 2").
FG70 cmtubo branco de esgoto de 40 mm (ou 1 e 1/2")
H1luva simples branca de esgoto de 40 mm (ou 1 e 1/2")
I I'1bucha de redução curta marrom de 40 x 32 mm
J2monóculos de fotografia
L1plug branco de esgoto de 50 mm ( ou 2" )
1lata de tinta spray preto fosco
1rolo de esparadrapo de aproximadamente 12 mm de largura por 4,5 m de comprimento
1lata pequena de vaselina em pasta
1caixa pequena de durepox ou similar
Para saber mais click no link abaixo

COMUNICAÇÃO: Como funciona o Telescópio Espacial Hubble

Um dos mais complexos aparelhos já colocados em órbita pelo homem, o Hubble é um telescópio de reflexão - ou seja: em vez de lentes, funciona com espelhos convexos para captar e ampliar a luz que chega até ele. Apesar de a qualidade de definição das imagens corresponder proporcionalmente ao diâmetro do espelho principal, o Hubble leva a vantagem de estar no espaço, sem ter a visão obscurecida pela atmosfera da Terra. Assim, mesmo tendo apenas 2,4 metros de diâmetro, seu espelho enxerga mais longe e mais nitidamente que o telescópio que possui o maior espelho do mundo, o do observatório de Keck, no Havaí, com 10 metros de diâmetro. O Hubble Space Telescope ganhou esse nome em homenagem ao cientista americano Edwin P. Hubble (1889-1953), considerado o fundador da astronomia moderna. Oequipamento - que pesa 11 toneladas e tem 13 metros de comprimento - levou oito anos para ser construído.
Desde 1990, ele gira no espaço a 612 quilômetros da Terra, enxergando galáxias a mais de 10 bilhões de anos-luz - distância tão grande que a luz emitida por elas vem ainda dos primórdios do Universo, permitindo aos cientistas entenderem melhor a origem do Cosmo. Quando o Hubble já estava em órbita, descobriu-se uma falha no polimento do espelho principal. Ela era menor que um fio de cabelo, mas suficiente para deixar o telescópio míope. Em 1993, astronautas instalaram lentes corretivas e só então o Hubble passou a produzir as estonteantes imagens que conhecemos. No último mês de março, ele passou por outra reforma: ganhou novos painéis solares, uma câmera digital dez vezes mais sensível e um novo sistema de refrigeração para a câmera de infravermelho, que estava pifada desde 1999.




Odisséia fotográfica

As imagens capturadas no espaço percorrem um longo caminho até a Terra
1. A luz de partes distantes do espaço entra no telescópio e bate no espelho principal, que a reflete de volta para a frente, rumo a um espelho secundário
2. O espelho secundário capta a luz, melhora o seu foco e a envia de volta, em direção a um pequeno orifício no centro do espelho principal
3. Atrás do espelho principal, uma série de micro-espelhos redireciona a luz para cinco câmeras digitais que irão fotografá-la: uma câmera infravermelha (que capta o calor dos objetos), uma espectrográfica (que divide a luz em cores para descobrir a composição das estrelas), uma para fotografar regiões amplas do espaço, uma para detectar os menores movimentos dos astros e uma ultra-sensível para captar imagens de galáxias ainda mais distantes
4. As câmeras digitais não têm filme, mas uma tela que transforma as partículas de luz (fótons) em sinais elétricos, daqui enviados aos computadores de bordo. Lá, as imagens são processadas e enviadas para a antena do telescópio
5. A antena envia as imagens captadas pelo Hubble para um satélite de comunicação que estiver passando por perto
6. O satélite então envia os sinais para a estação receptora de White Sands, no Novo México, Estados Unidos, que, por sua vez, os encaminha ao Instituto Científico do Telescópio Espacial, em Baltimore. Lá, os dados serão recompostos em belas imagens

Tampa protetora
Por causa de suas câmeras extremamente sensíveis, o Hubble nunca poderá ser usado para observar o Sol. Um só raio direto queimaria tudo. Uma tampa cobre o telescópio quando sua órbita o coloca de frente para o astro
Painéis solares
Os dois painéis captam a energia do Sol e a transformam em energia elétrica, necessária para manter o aparelho funcionando
Segredo de locomoção
Se usasse jatos para mudar de direção, a nuvem de gás formada por eles deixaria o Hubble cego. Por isso, para direcionar o telescópio são usadas três rodas. Quando elas giram - acionadas por um motor elétrico, cada uma em um eixo -, a lei física da ação e reação entra em cena, fazendo o Hubble rodar para o outro lado. Além disso, seis giroscópios detectam o movimento do telescópio em volta da Terra e enviam as informações para o computador central, que faz girar o aparelho, mantendo-o fixo em relação ao nosso planeta

COMUNICAÇÃO: Como funciona o radar

O radar é algo que está presente em nosso cotidiano, embora seja normalmente invisível. O controle de tráfego aéreo usa radares para rastrearaviões no solo como no ar, além de usá-lo também na hora de orientar os pilotos para que façam pousos suaves. Além disso, quem também usa os radares é a polícia, mas com o objetivo de detectar a velocidade dos automóveis. Já a Nasa os usa para mapear a Terra e outros planetas, para rastrear satélites e fragmentos espaciais e para ajudar na hora de manobrar suas aeronaves. Os militares, por sua vez, usam radares para detectar os inimigos e guiar suas armas até os alvos.
Os meteorologistas usam radares para rastrear tempestades, furacões etornados. Até o dispositivo que faz as portas das lojas abrirem automaticamente é um tipo de radar. Depois de ver todos esses casos, nem preciso dizer que o radar é uma tecnologia extremamente útil.

Foto cedida Departamento de Defesa dos EUA
Soldado especialista em operações Gilbert Lundgren opera equipamento de radar no centro de informações de combate do USS Carney
Quando as pessoas usam radares, geralmente estão tentando fazer uma destas 3 coisas:
  • detectar a presença de um objeto distante: o normal é detectar objetos que estejam em movimento, como um avião, mas os radares também podem ser usados para detectar objetos imóveis enterrados;
  • detectar a velocidade de um objeto: esta é a razão por que a polícia usa o radar;
  • mapear algo: o ônibus espacial e os satélites artificiais em órbita usam algo chamado de Radar de Abertura Sintética (SAR) para criar mapas topográficos detalhados da superfície dos planetas e de suas luas.
O interessante é que essas três atividades podem ser realizadas usando duas coisas com as quais você deve estar bem familiarizado no seu dia-a-dia: o eco e o efeito Doppler. Estes dois conceitos são fáceis de entender em termos de som porque seus ouvidos escutam ecos e o efeito Doppler todos os dias. Pois é, o radar aproveita essas duas coisas, só que utilizandoondas de rádio.
Neste artigo, vamos revelar todos os segredos dos radares. Primeiro, vamos dar uma olhada na versão sonora, já que ela é mais familiar para você.
O eco e o efeito Doppler

Quando gritamos em um poço, o som do grito vai até lá embaixo e é refletido (ecoa) na superfície da água existente no fundo desse poço. Se você contar o tempo que o eco demora para retornar e souber a velocidade do som, dá para calcular a profundidade do poço com muita precisão.
O eco é algo perceptível. Se você gritar na direção de um poço ou cânion, o eco volta logo depois. Mas por que isso ocorre? O eco acontece porque algumas das ondas sonoras do seu grito se refletem em uma superfície e fazem todo o caminho de volta até os seus ouvidos. O tempo levado entre o momento em que você gritou e o momento em que ouviu o eco é determinado pela distância entre você e a superfície que o criou.
Mas não é só o eco que é comum, o efeito Doppler também o é. Você deve senti-lo todos os dias, mas provavelmente não nota. Ele acontece quando o som é gerado, ou refletido, por um objeto em movimento ou refletido nele. Em casos de velocidade extrema é o efeito Doppler que cria o ruído sônico (veja abaixo). O efeito Doppler pode ser entendido da seguinte forma: digamos que há um carro vindo na sua direção a 60 km/h e o motorista está buzinando. Você vai ouvir a buzina tocando uma "nota" enquanto o carro se aproxima, mas quando o carro passar por você, o som da buzina vai mudar para uma nota mais grave. O efeito Doppler causa essa mudança.
O que acontece é o seguinte: a velocidade do som que se propaga pelo ar do estacionamento é fixa. Para simplificar nossos cálculos, vamos dizer que essa velocidade é de 900 km/h (a velocidade exata depende da pressão do ar, da temperatura e da umidade). Imagine que o carro está parado a uma distância de exatamente 1,0 km de você e fica buzinando por um minuto, nem um segundo a mais, nem um segundo a menos. As ondas sonoras da buzina se propagam na sua direção a uma velocidade de 900 km/h. Você vai ficar sem ouvir nada nos quatro primeiros segundos (tempo para o som percorrer 1,0 km a uma velocidade de 900 km/h), seguidos de um minuto do som da buzina.

Efeito Doppler: a pessoa atrás do carro ouve uma nota mais grave do que o motorista, porque o carro está se distanciando. A pessoa na frente ouve uma nota mais aguda do que o motorista, porque o carro está se aproximando dela.
Agora, vamos imaginar que o carro está se movendo na sua direção a 60 km/h. Ele começa a se movimentar quando está a 1,0 km de você e buzina por um minuto exato. Você vai continuar a ouvir com quatro segundos de atraso, mas agora o som vai tocar por apenas 56 s. Isso acontece porque o carro vai estar junto a você depois de 1 min, fazendo com que o som emitido naquele momento chegue até você instantaneamente. No entanto, nada mudou, pois o carro (da perspectiva do motorista) buzinou por 1 min. Porém, como ele estava em movimento, esse minuto de som foi condensado em 56 s a partir da sua perspectiva, ou seja, a mesma quantidade de ondas sonoras foi colocada em uma quantidade de tempo menor. É por isso que a freqüência aumenta e a buzina chega até você com um tom mais agudo. A medida que o carro se distancia de você, o processo se inverte e o som se expande para preencher um intervalo de tempo maior, o que faz com que o tom fique mais grave.
Ruído sônico
Já que estamos falando de som e movimento, vamos aproveitar para entender os ruídos sônicos. Digamos que o carro esteja indo na sua direção exatamente na mesma velocidade que o som: por volta de 1.126 km/h. E a buzina continua a toda! As ondas sonoras geradas pela buzina não conseguem ir mais rápido do que a velocidade do som, o que significa que tanto o carro como o som da buzina estão vindo na sua direção na mesma velocidade, compactando todo o som que vem do carro. Apesar de não ouvir nada, dá para ver que o carro vem vindo. Quando ele finalmente chega até você, todo o som chega junto com ele, e acredite, este som é ALTO! Isso é que é o ruído sônico.
A mesma coisa acontece quando um barco viaja pela água mais rapidamente do que as ondas que percorrem essa água (as ondas em um lago se movem a uma velocidade de cerca de 8 km/h; lembre-se de que todas as ondas percorrem um meio a uma velocidade fixa). As ondas que o barco gera "compactam-se" e formam aquela onda em forma de V (rastro) que você percebe atrás do barco. Essa onda em forma de V não deixa de ser um tipo de ruído sônico. É a combinação compactada de todas as ondas que o barco gerou, deixando o rastro com forma de V, cujo ângulo é controlado pela velocidade do barco. 
Para combinar o eco com o efeito Doppler, temos que fazer o seguinte: imagine que você emitiu um som muito alto na direção de um carro que está vindo em sua direção. Algumas das ondas sonoras vão rebater no carro (um eco), mas como o carro está vindo na sua direção, elas serão comprimidas, fazendo com que o som do eco seja mais agudo do que o som que você emitiu. Agora, o interessante mesmo é que, se você medir a frequência do eco, dá para determinar a velocidade do carro.

COMUNICAÇÃO: GPS

O QUE É O GPS?

GPS (Global Positioning System) é a abreviatura de NAVSTAR GPS (NAVSTAR GPS-NAVigation System with Time And Ranging Global Positioning System). É um sistema de radionavegação baseado em satélites desenvolvido e controlado pelo departamento de defesa dos Estados Unidos da América (U.S.DoD) que permite a qualquer usuário saber a sua localização, velocidade e tempo, 24 horas por dia, sob quaisquer condições atmosféricas e em qualquer ponto do globo terrestre. 

NAVSTAR GPS-NAVigation System with Time And Ranging Global Positioning System 

Depois da segunda guerra mundial, o U.S.DoD empenhou-se em encontrar uma solução para o problema do posicionamento preciso e absoluto. Decorreram vários projectos e experiências durante os seguintes 25 anos, incluindo Loran, Transit etc. Todos permitiam determinar a posição mas eram limitados em precisão ou funcionalidade. No começo da década de 70, um novo projecto foi proposto, o GPS. 

O GPS tem três componentes: a espacial, a de controlo e a do utilizador. 

A componente espacial é constituída por uma constelação de 24 satélites em órbita terrestre aproximadamente a 20200 km com um período de 12h siderais e distribuídos por 6 planos orbitais. Estes planos estão separados entre si por cerca de 60º em longitude e têm inclinações próximas dos 55º em relação ao plano equatorial terrestre. Foi concebida por forma a que existam no mínimo 4 satélites visíveis acima do horizonte em qualquer ponto da superfície e em qualquer altura.

NAVSTAR GPS-NAVigation System with Time And Ranging Global Positioning System 

A componente de controle é constituída por 5 estações de rastreio distribuídas ao longo do globo e uma estação de controlo principal (MCS- Master Control Station). Esta componente rastreia os satélites, actualiza as suas posições orbitais e calibra e sincroniza os seus relógios. Outra função importante é determinar as órbitas de cada satélite e prever a sua trajectória nas 24h seguintes. Esta informação é enviada para cada satélite para depois ser transmitida por este, informando o receptor do local onde é possível encontrar o satélite. 

A componente do usuário inclui todos aqueles que usam um receptor GPS para receber e converter o sinal GPS em posição, velocidade e tempo. Inclui ainda todos elementos necessários neste processo como as antenas e software de processamento


COMO FUNCIONA?
Os fundamentos básicos do GPS baseiam-se na determinação da distância entre um ponto, o receptor, a outros de referência, os satélites. Sabendo a distância que nos separa de 3 pontos podemos determinar a nossa posição relativa a esses mesmos 3 pontos através da intersecção de 3 circunferências cujos raios são as distancias medidas entre o receptor e os satélites. Na realidade são necessários no mínimo 4 satélites para determinar a nossa posição correctamente, mas deixemos isso para depois.

NAVSTAR GPS-NAVigation System with Time And Ranging Global Positioning System 

Cada satélite transmite um sinal que é recebido pelo receptor, este por sua vez mede o tempo que os sinais demoram a chegar até ele. Multiplicando o tempo medido pela velocidade do sinal (a velocidade da luz), obtemos a distância receptor-satélite, (Distancia= Velocidade x Tempo). 

No entanto o posicionamento com auxilio de satélites não é assim tão simples. Obter a medição precisa da distância não é tarefa fácil. 

A distância pode ser determinada através dos códigos modulados na onda enviada pelo satélite (códigos C/A e P), ou pela integração da fase de batimento da onda portadora. 

NAVSTAR GPS-NAVigation System with Time And Ranging Global Positioning System 

Esses códigos são tão complicados que mais parecem ser um ruído pseudo-aleatório (PRN-Pseudo-Random Noise), mas de facto eles tem uma sequência lógica. O receptor foi preparado de modo a que somente decifre esses códigos e mais nenhum, deste modo ele está imune a interferências geradas quer por fontes radio naturais quer por fontes radio intencionais, será esta uma das razões para a complexidade dos códigos.

Como o código P está intencionalmente reservado para os utilizadores autorizados pelo governo norte americano, (forças militares norte americanas e aliados) os utilizadores “civis” só podem determinar a distancia através da sintonia do código C/A. 

A distancia é determinada da seguinte forma: 
O código C/A é gerado por um algoritmo pseudo-aleatório com um período de 0,001 segundos e usa o tempo dado pelos relógios atómicos de alta precisão que estão no satélite, o receptor que também contem um relógio, é usado para gerar uma replica do código C/A. O código recebido é depois correlacionado com versões ligeiramente adiantadas ou atrasadas da replica local e deste modo consegue medir o tempo que o sinal levou a chegar ao receptor. 

Numa situação ideal com os relógios do satélite e do receptor perfeitamente sincronizados e a propagação do sinal a ser feita no vácuo, o tempo de voo estaria perfeitamente determinado e por conseguinte a distância medida correctamente. Geralmente esta distância denomina-se por Pseudo-distância por diferir da distância verdadeira por influencia dos erros de sincronização entre os relógios do satélite e do receptor. 

O outro método de determinar a distância é medindo o numero de ciclos decorridos desde o instante em que a portadora foi emitida e o instante em que foi recebida e se medir a diferença de fase.

O comprimento de onda da portadora é muito mais curto que o comprimento do código C/A daí que a medição da fase de batimento da onda portadora permita atingir um nível de precisão muito superior à precisão obtida para a distância através da pseudo-distancia. No entanto põe-se um problema: o desconhecimento da ambiguidade de ciclo, ou seja, o nº total de ciclos completos decorridos desde que o sinal deixou o satélite até ao instante da sintonia. As ambiguidades de ciclo podem ser determinadas. Existe uma ambiguidade de ciclo por cada par receptor-satélite desde que não hajam saltos de ciclo (cycle slips), i.e., perda momentânea de sinal, neste caso uma nova ambiguidade é adicionada.

Depois deste pequeno estudo podemos concluir que o problema da dessincronização dos relógios dos satélites e dos receptores é pertinente, no entanto os idealizadores do GPS arranjaram uma forma de contornar esse problema: fazer uma medição extra para outro satélite! Para determinarmos a nossa posição tridimensional correctamente temos que resolver um sistema de 3 equações a 4 incógnitas ( X,Y,Z e o tempo) então o truque é adicionar uma nova medição, ou seja, uma nova equação e temos o sistema resolvido!

NAVSTAR GPS-NAVigation System with Time And Ranging Global Positioning System 

Fonte: geodesia.org

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

COMUNICAÇÃO: Propagação

Eu estava pesquisando sobre assuntos relacionados a radiocomunicação e esbarrei neste assunto que apesar de ser meio cientifico acho de interesse para os frequentadores do blog.






     PropagaçãoPor: CT4RK





    Pretende-se com este artigo dar uma panorâmica sobre a propagação e os fenómenos que a ela estão directamente ligados, sem recorrer a exaustivos cálculos matemáticos, e de uma maneira geral, de uma forma simples e compreensiva.
    Estes apontamentos são dirigidos especialmente aos colegas que por vezes se interrogam sobre diversos fenómenos com que se confrontam nas suas comunicações, não encontrando a resposta adequada. Não sendo um artigo de alto rigor cientifico, procuro no entanto dar uma ideia o mais exacta possível sobre alguns temas da propagação.



  As Camadas da Ionosfera
  • Camada F2
Esta é a mais alta das camadas ionosfericas, existindo entre os 200 e os 400km. Esta camada representa o principal meio de reflexão ionosferica para comunicações em ondas curtas a distancias muito elevadas, distancia esta que pode variar ao longo do dia, com a época do ano e ainda com o ciclo solar. Estas variações são provocadas pelo grau de ionização assim como também com a altitude da camada. A camada F2 aparece cerca do nascer do sol quando a camada F se decompõe para dar origem à F2 e à F1. Nesta altura é notório um aumento brusco da frequência critica de trabalho. As características de reflexão atingem o máximo aproximadamente quando o sol atinge a máxima elevação no horizonte, altura em que depois inverte a tendência e começa a diminuir as suas características reflectoras por via de uma diminuição da ionização, que ocorre até esta se fundir na camada F1 e dar origem a uma só camada, a "F" como já foi dito.
  • Camada F1
Esta camada existe logo abaixo da camada F2 e como a F2 também ela só existe durante as horas diurnas. Por vezes esta camada pode servir de reflectora a determinadas frequências., mas normalmente a energia electromagnética que atravessa a camada E também atravessa esta, acabando por se reflectir na camada F2. O mais normal é esta camada provocar uma absorção adicional nos sinais que atravessam a "E" antes de se reflectirem na F2.
  • Camada E
Esta camada situa-se por baixo das camadas F2 e F1 e praticamente só existe durante as horas diurnas, desaparecendo praticamente durante a noite. Todavia e muito raramente podem-se observar vestígios dela durante a noite. A altitude desta camada é entre os 80 e os 100km.
O máximo de actividade da camada é ao quando os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da mesma. Esta camada possibilita as comunicações em HF a medias distancias, e também é responsável pela propagação das frequências abaixo de 1,5 MHz durante a noite a distancias consideráveis.
Todavia esta camada é famosa entre os amadores por possibilitar comunicações em frequências acima de 50MHz a distancias que podem ultrapassar facilmente os 2000Km. Neste caso diremos que estamos em presença de uma "esporádica E". A esporádica E acontece quando durante determinado tempo (especialmente na altura da primavera) existem zonas fortemente ionizadas por condições anómalas de actividade solar, possibilitando a reflexão de sinais de frequências muito elevadas. A altitude a que se situa a nuvem ionizada e a densidade da ionização determinam distancia do salto para um determinado ângulo de incidência.
Uma das formas mais simples de verificar que estamos perante uma esporádica "E", e como tal boas possibilidades de fazer mais uma longínqua quadrícula é o aparecimento de estações de radiodifusão em FM que estão localizadas por vezes a mais de 1500km.
Durante a existência de uma esporádica é normal escutar em Portugal estações de FM Italianas Francesas e Alemãs entre outras.
  • Camada D
Esta é a mais baixa de todas as camadas situando-se entre os 50 e os 80 km e a que aparentemente apresenta mais absorção à energia radioeléctrica durante o período da sua existência e que se situa praticamente apenas durante as horas diurnas desaparecendo com o por do sol. É também a mais desconhecida de todas as camadas ionosféricas e a que menos grau de ionização apresenta. Acredita-se que esta camada é a responsável pela absorção das ondas de rádio em HF e MF durante as horas diurnas.






 Perturbações ionósfericas
Todas as variações que acontecem na ionósfera são mais ou menos previsíveis e dependem principalmente da actividade solar e do grau de ionização que as radiações solares provocam na ionósfera. Deste modo pode-se com os conhecimentos actuais prever as condições de propagação dentro de certos limites.
Todavia por vezes o comportamento normal da ionósfera é alterado por determinados fenómenos que ocorrem na superfície solar como sejam explosões solares que libertam "flares" com muitos milhares de km de comprimento e a uma velocidade espantosa que pode atingir 2000km por segundo. Estas explosões emitem raios X e uma grande quantidade de partículas especialmente protões. Se as flares acontecerem na direcção da Terra, então esta chuva protónica atinge a Terra provocando forte perturbação das camadas ionosfericas ionizando-as na região dos pólos dando origem às espectaculares Auroras Boreais. http://www.spaceweather.com Durante o período em que a terra está exposta a estas anomalias as características das diversas camadas é alterada e severas perturbações ocorrem nos sistemas de comunicação, provocando mesmo o bloqueio total das comunicações por reflexão ionosferica. Nesta altura o receptor parece que está avariado pois apenas se escuta um ligeiro ruído de fundo. Apenas se poderão escutar estações que estejam perto e que deste modo usem a propagação por onda terrestre.
Estas perturbações dividem-se em duas categorias: Perturbações ionosfericas repentinas e tempestades solares.
As perturbações ionosfericas repentinas tem origem em erupções solares mais ou menos repentinas e atinge a terra cerca de 15 minutos depois de se ter dado a erupção, e só afecta a superfície da terra que está voltada para o Sol. Estas perturbações tem uma duração limitada e atingem principalmente as frequências de entre 0s 2 e os 30 MHz. A atenuação dos sinais durante o fenómeno pode atingir os 40dB e demora normalmente menos de uma hora.
Por outro lado as tempestades solares apesar de não serem tão acentuadas, apresentam maiores problemas para as comunicações devido à sua duração ser bastante maior. Durante uma tempestade solar os sinais que utilizem a ionosfera para se propagar diminuem drasticamente de intensidade e podem até se extinguir durante vários dias, e ocorrer em todo o globo, mesmo nos locais em que seja noite. nestas condições a camada F aumenta anormalmente a sua altitude e a atenuação das ondas é de uma maneira gerar aumentada dando origem ao que se denomina por "flutter fading".



 Propagação acima dos 30MHz



A propagação em frequências acima de cerca de 30 MHz normalmente não utiliza as camadas ionosfericas para se reflectir. Todavia existem excepções quando estas frequências se propagam por meio de fenómenos mais ou menos frequentes que ocorrem em condições anormais das características habituais de propagação, como é o caso de propagação por esporádica "E". Assim sendo os principais modos de propagação em frequências acima de 30 MHz são os seguintes:

Para saber mais click no link abaixo

terça-feira, 28 de setembro de 2010

SATÉLITE: Como usar o satélie em radioamadorismo.

Radioamadorismo via satélitesPor Cianus Luis Colossi, PY3DU
“ 2.1 O serviço de radioamador é modalidade de serviço de radiocomunicações, destinado ao treinamento próprio, à intercomunicação e a investigações técnicas, levadas a efeito por amadores devidamente autorizados, interessados na radiotécnica a título pessoal, que não visem qualquer objetivo pecuniário ou comercial ligado à exploração do serviço, inclusive utilizando estações espaciais situadas em satélites da terra.”Artigo 2. Definições, da norma 31/94.

urante as décadas de 70 e 80, operar satélites era privilégio de poucos. Alguns radioamadores mais experientes, se aventuravam em satélites tipo AO7, AO8,RS15,RS12/13, entre outros.
Época de ouro, no qual circulavam em órbita de nosso planeta uma boa quantidade de satélites para radioamador.

No entanto estes satélites operavam basicamente em CW e SSB, com subidas e descidas em dois metros, setenta centímetros e dez metros.

A situação não mudou muito; poucos equipamentos ainda hoje utilizados pelos radioamadores em VHF e UHF, em sua maioria,  não operam em SSB e CW ! Ainda assim atualmente, temos alguns equipamentos já bem popularizados, que com certeza permitem este tipo de operação.

Mas na década de 90 o lançamento dos AO27, pela AMRAD (Amateur Radio Research and Development Corporation) em 26 de setembro de 1993 e do SO35 pela Universidade de Stellenbosch, Africa do Sul, em 23 de fevereiro de 1999; vieram   pôr fim a elitização deste tipo de operação. Pois estes contavam agora com um transponder, analógico para utilização em FM, permitindo assim que qualquer radioamador possuidor de equipamento para FM em 144 e 430 mhz, pudesse passar a falar via satélite, abrindo caminho para uma excitante forma de praticar o radioamadorismo.

Aqui cabe salientar que existem atualmente vários satélites em FM, mas  boa parte deles, é para uso em modos DIGITAIS, PSK, PACKET, ETC. Vamos nos deter naqueles que permitem transferir VOZ.
  

TELECOMUNICAÇÃO: Como funciona o celular.

Quando alguém liga o telefone celular estabelece contato, via rádio, com a rede de telefonia celular, que envia sinais para a rádio-base mais próxima. Essa base, por sua vez, envia a chamada para um comutador [operador de correntes elétricas] de telefonia móvel. Se a chamada é feita para um telefone fixo, aquele que fica parado em casa ou no máximo se move a uma pequena distância se for do tipo sem fio, o comutador a envia para a rede de telefonia fixa.

TÉCNOLOGIA: Ventilador sem hélice



 O ventilador da Dyson não tem hélices, é mais silencioso que os ventiladores convencionais.
O senhor James Dyson, 62 anos, pai da invenção, disse que sempre ficou decepcionado com os ventiladores comuns, que “interrompem o fluxo de ar” com o movimento das hélices. Ele garante que seus novos ventiladores, que custam de US$ 299 a US$ 329, produzem um fluxo constante, já que o ar entra por um lado e sai pelo outro.


Veja um video do invento no link abaixo.


http://www.youtube.com/watch?v=eM8aPYQJolI

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CURIOSIDADES: Radioamadores famosos

A pratica do radio amadorismo une pessoas de varias raças,credos,nível social,pois através das ondas de radio todos somos iguais.


Juan Carlos de Borbon - Rei de Espanha - EA0JC
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Francesco Cossiga - Ex-Presidente de Itália - I0FCG
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